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A deficiência de testosterona é uma doença que pode ocorrer tanto em homens quanto em mulheres, sendo que nos homens existem níveis bem maiores do hormônio. Esse problema geralmente é ocasionado por alguns fatores de risco, como a idade (há a queda gradativa natural desse hormônio a partir dos 30 anos), sedentarismo, má alimentação, alcoolismo e até mesmo a obesidade.
Vários estudos já comprovam que a obesidade pode contribuir diretamente para a queda do nível de testosterona em homens e mulheres. Porém, mesmo atingindo milhões de pessoas pelo mundo, a grande maioria desconhece esse fator de risco que pode influenciar significativamente no comportamento sexual e na fertilidade, e costumam inclusive, atribuir à idade, ao estresse ou ao cansaço os seus problemas sexuais.
O Mapa da Obesidade, publicado pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, mostra que mais da metade da população brasileira está acima do peso, ou seja, na faixa de sobrepeso e obesidade. Os números são ainda mais críticos nas regiões sul e sudeste, onde temos também maior volume de pessoas com maus hábitos de alimentação e pior qualidade de vida.
Vamos entender melhor como a obesidade influencia na deficiência de testosterona e porque este assunto deve estar em pauta médica de pessoas com excesso de peso.
Quais os sintomas da deficiência de testosterona?
Os baixos níveis de testosterona podem ser identificados por meio de exame de sangue e observação de alguns sintomas, como cansaço e falta de energia nas atividades, baixa da libido, baixa fertilidade, aumento do estresse e ansiedade, dificuldade de ereção, perda de massa óssea, entre outros.
Nos homens, a testosterona desempenha um papel extremamente importante, como o desenvolvimento dos tecidos reprodutores – a próstata e os testículos. Ela também atua no progresso das características físicas masculinas, como o crescimento de pelos, aumento da massa muscular e formação dos ossos. Já nas mulheres o nível de testosterona é bem mais baixo, porém possui relação auxiliar no processo de reprodução.
Essa deficiência de testosterona tende a sair mais cara à saúde masculina, principalmente no que diz respeito ao desempenho sexual e à fertilidade, uma vez que esse hormônio desempenha mais funções no organismo masculino.
Qual a relação entre obesidade e testosterona?
Já é comprovado o fato de que a obesidade pode contribuir diretamente para a baixa do nível de testosterona. O excesso de tecido adiposo altera o funcionamento da hipófise, dos testículos e do sistema reprodutivo, o que inibe a produção da testosterona, tanto em homens, quanto em mulheres.
Quais os reflexos do desempenho sexual na fertilidade de um obeso?
Como já dito anteriormente a obesidade pode ser uma das causas da deficiência de testosterona, esta que, por sua vez, causa vários sintomas; entre eles, a redução do prazer e desejo sexual, dificuldade de ereção e, consequentemente, causa a baixa fertilidade.
A obesidade pode ainda provocar a redução dos hormônios FSH e LH. O primeiro estimula a ovulação na mulher e a produção de espermatozoides no homem, enquanto o segundo estimula a produção de progestágenos na mulher e testosterona nos homens.
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Conclusão
Podemos concluir que a obesidade é uma doença em rápido crescimento e que pode ainda causar várias doenças associadas, inclusive a baixa da testosterona, além de graves alterações no comportamento sexual e na fertilidade de homens e mulheres.
Por sorte, o tratamento da obesidade pode ser facilmente iniciado com alimentação saudável (alimentos ricos em fibras e vitaminas), exercícios físicos regulares e, em casos mais avançados, cirurgia bariátrica para uma perda de peso aceitável.
Já a deficiência de testosterona, além da alimentação e exercícios adequados, pode ser tratada com reposição hormonal.
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