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Colestase é a condição médica na qual a bile não consegue fluir do fígado ao duodeno. Esse chamado bloqueio mecânico tem origem em distúrbios do fígado ou do pâncreas, como um possível tumor ou cálculo biliar.
A Colestase é um distúrbio comum e tem sintomas característicos de problemas biliares, são eles:
- Urina escura – provocada pela expansão da substância bilirrubina extraída pelos rins.
- Fezes claras e gordurosas (esteatorreia) – consequência do desvio da bilirrubina para a urina e pele e má digestão de alimentos gordurosos.
- Icterícia – devido ao aumento da bilirrubina na pele.
- Coceira generalizada – sintoma do acúmulo de substâncias biliares na pele.
A seguir, apresentamos uma série de causas que justificam o problema, como identificar a condição e os principais tratamentos. Boa leitura!
Causas da Colestase
Basicamente, podemos dividir as causas da Colestase em duas. Entenda.
Causa intra-hepática
A origem intra-hepática – como o próprio nome diz, relativa ao fígado – pode se dar por doenças como: doença hepática alcoólica, hepatite em fase aguda, cirrose proveniente de hepatite viral de tipo B ou C, cirrose biliar primária cicatrizada, fechamento dos dutos biliares e câncer.
Além disso, existem os fatores como medicações má administradas – como contraceptivos orais, amoxicilina, clorpromazina, entre outras. Por fim, os hormônios podem ter efeitos sobre o curso biliar durante a gravidez, o que também leva à Colestase.
Causa extra-hepática
Os fatores extra-hepáticos podem estar relacionados ao câncer no ducto biliar e no pâncreas. Também há a pancreatite (inflamação do pâncreas), pedra na vesícula e estenose (estreitamento do ducto biliar).
A causa extra-hepática pode se manifestar pelo crescimento da vesícula biliar e dores no canto superior direito do abdômen.
Identificação e tratamento da Colestase
É muito característico da Colestase na gestação coceiras intensas que começam nos peitos dos pés e nas palmas das mãos a partir da 30ª semana. A coceira irá se espalhar por todo o corpo e ficar mais forte durante a noite. Além desse comichão, os sintomas apresentados no início da matéria se manifestam – fezes claras e gordurosas, urina escura e icterícia.
Ao identificar essas reações, é preciso buscar o obstetra responsável pelo acompanhamento da gestação. Serão providenciados exames de sangue para confirmar ou descartar hipóteses de alterações no funcionamento do fígado.
Em alguns quadros, independente de gestação ou não, podem ser solicitados diagnósticos por imagem.
O tratamento é variável, de acordo com a causa. Para aliviar a coceira é receitado medicamento, mas é preciso atingir a origem do problema.
Tratamentos para causas intra-hepáticas são variáveis. Por exemplo, a causa pode ser o uso de um medicamento, logo a suspensão do fármaco é o primeiro passo. Por outro lado, quando se trata de hepatite, a Colestase tende a sumir com o tratamento da hepatite.
Casos extra-hepáticos geralmente são tratados com cirurgia e endoscopia. Em quaisquer circunstâncias, é recomendado que o paciente se abstenha de substâncias tóxicas, como o álcool, durante o tratamento. O especialista também pode receitar a ingestão de vitamina D, vitamina K e suplementos de cálcio.
De toda forma, a escolha pelo melhor tipo de tratamento é de responsabilidade médica.
Como você pôde notar, a Colestase é a consequência de doenças ou condições já instaladas no organismo. Isso significa que o tratamento para o problema deve buscar a fonte e não somente atacar os sintomas.
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