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A compulsão alimentar é um distúrbio alimentar caracterizado por comer em excesso, quando se ingere mais do que o organismo necessita. Ela está associada à sensação de prazer que a comida promove, mas pode levar à obesidade e outras complicações graves.
Hoje, como nunca na história da humanidade, temos acesso a diversas fontes de alimentos. Se antes o homem primitivo precisava caminhar quilômetros e lutar para conseguir uma refeição; hoje uma variedade infinita de pratos estão a poucos cliques de nosso alcance – e muitas vezes nem mesmo precisamos descer as escadas para receber o delivery.
A abundância de comida somada ao baixo valor nutricional e altos teores de gordura, ao estilo de vida sedentário e aos fatores emocionais muito inerentes às novas gerações são combinações perigosíssimas para a saúde humana.
Como, então, lutar contra isso?
O que é a compulsão alimentar
O comer compulsivo se dá quando a pessoa consome grandes quantidades, fica satisfeita e, mesmo assim, continua a empanturrar-se. Um, dois, três pratos e, geralmente, após isso enfrenta um grande desconforto que a leva a consumir um medicamento para azia, mal estar e indigestão.
Esse distúrbio muitas vezes vem acompanhado de arrependimento e promessas, como “na próxima semana começo uma dieta” ou “nunca mais vou comer desse jeito”.
Não devemos confundir isso com perder o controle vez ou outra, o comer compulsivo é recorrente. A pessoa come muito, rapidamente e ainda não consegue parar de comer. Em casos extremos, a pessoa pode comer até vomitar!
O grande problema: nem sempre o indivíduo consegue se livrar dessa condição sozinho, acredita que com a força de vontade pode superar, mas, na verdade, ele precisa de uma ajuda profissional.
Porque ocorre e o que a compulsão alimentar pode acarretar
A origem do comer compulsivo ainda não é plenamente conhecida. Há fatores genéticos, claro, mas nem sempre é possível determinar. De modo geral, o cultivo dos maus hábitos alimentares ao longo de meses ou anos leva a episódios de compulsão alimentar.
O comer compulsivo geralmente se dá na segunda ou terceira década da vida e não escolhe sexo.
Além disso, a patologia pode se manifestar por diversos motivos, como a depressão e a baixa autoestima. Logo, não há uma fórmula que determine o problema.
A obesidade, o diabetes e a hipertensão são algumas das consequências desse mal, embora isso não seja uma regra. Nos casos mais críticos desse transtorno alimentar, cálculo renal, gastrite, condições cardiovasculares e outros agravantes podem se manifestar.
O comer compulsivo se assemelha muito ao alcoolismo, mas, ao contrário da bebida, precisamos nos alimentar para sobreviver. Como, então, lutar contra ele?
Prevenção e tratamento
A prevenção está associada a hábitos mais saudáveis, não restringindo determinados pratos, mas priorizando uma dieta diversa. A prática de exercícios físicos também é recomendada, pois, além de ser uma fonte de prazer, ajuda a manter o bom funcionamento do organismo.
E quanto aos indivíduos que já sofrem do problema? O ideal é que busquem um tratamento endocrinológico.
Hoje, os especialistas preferem a reeducação alimentar, invés de dieta muito restritiva e com baixíssimo teor calórico. O grande segredo é priorizar pequenas quantidades várias vezes ao dia e evitar comer em momentos de estresse ou frustração.
Nos casos em que apenas a reeducação não basta, pode ser necessária a prescrição de medicamentos que agem no sistema nervoso central, diminuindo o apetite desenfreado.
Se você enfrenta o transtorno do comer compulsivo, é muito importante que procure um médico. A psicoterapia em conjunto com a endocrinologia certamente o conduzirão ao melhor tratamento para o seu caso.
A compulsão alimentar é uma patologia que deve ser tratada e que representa riscos à saúde. Portanto, não sofra sozinho. Procure a ajuda de especialistas e trate desse problema.
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