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O consumo de alimentos industrializados e multiprocessados é constantemente relacionado à problemas de saúde. Dentre os componentes encontrados nesses produtos, os corantes artificiais estão na lista dos que mais preocupam especialistas e boa parcela dos consumidores.
Na indústria alimentícia, eles são utilizados para aumentar a aceitação das pessoas por determinados alimentos, o que já foi provado por pesquisadores da Cornell University, nos EUA.
Esses aditivos alimentares intensificam e criam as cores sintéticas de refrigerantes, salgadinhos, biscoitos recheados, iogurtes, geléias, gelatinas e o que mais vier à sua mente!
Verde rápido, amarelo crepúsculo, azul brilhante, ponceau 4r e tantos outros corantes artificiais são facilmente encontrados em junk foods, muito associadas à obesidade infantil, nas prateleiras de qualquer supermercado.
O uso industrial de corantes é aprovado pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mas, será que o consumo dessas essências passa despercebido ao nosso organismo?
Isso é o que buscamos entender no artigo a seguir! Entenda.
Corantes artificiais: vale a pena consumir?
Corante artificial é uma solução sintetizada a partir de diversas substâncias, sejam elas animais, vegetais ou artificiais (carvão mineral, alcatrão ou sintetização por via petroquímica).
A justificativa para o uso desses aditivos alimentares é o apelo visual que eles proporcionam.
Sucos artificiais de sachê, por exemplo, são carregados de corantes para aproximar o produto da cor da fruta que representa. E os refrigerantes cítricos, com seu laranja tão vibrante, não aparentariam diferente de uma garrafa de água com gás, não fosse a coloração extra.
Apesar da regulamentação, muitas entidades e profissionais da saúde alertam para os perigos do consumo excessivo dessas substâncias.
Como os corantes artificiais podem afetar a sua vida
Segundo o engenheiro químico, Fernando Giannini, os corantes artificiais, devido a sua origem sintética, podem causar alergias em pessoas mais sensíveis aos seus aditivos.
O Centro de Ciência no Interesse Público, nos Estados Unidos, acionou o governo americano para que o uso desses aditivos fosse suspenso. A iniciativa foi amparada por estudos que apontam o crescimento de distúrbios de comportamento em crianças, como a hiperatividade.
Há, ainda, na medicina, muita discussão a respeito do assunto.
Alguns especialistas defendem que os estudos a esse respeito não são conclusivos e que até mesmo corantes naturais podem ser ofensivos ao organismo, se consumidos de modo impróprio.
Com esse cenário em vista, algumas empresas passaram a produzir alimentos sem corantes ou optaram pela diminuição dessas substâncias. Ainda assim, o mercado alimentício oferece uma grande diversidade em junk foods coloridas.
Como evitar o consumo de corantes?
O uso de corantes na alimentação nem sempre é prejudicial.
Por exemplo, produtos naturais como laranja, mamão, cenoura e outros alimentos de coloração alaranjada, são riquíssimos em carotenoides, um excelente antioxidante, associado a prevenção de doenças degenerativas, diabetes, cardiopatias, cânceres e envelhecimento precoce.
O licopeno, presente em alimentos avermelhados, como o pimentão, a melancia e o tomate, atua na prevenção de problemas cardiovasculares e câncer de próstata.
Há, também a zeaxantina e a luteína, encontrados no espinafre, ervilha, brócolis, couve-flor e outros brotos. Essas substâncias são muito efetivas na redução da degeneração macular (doença ocular que leva a perda de visão).
Portanto, podemos notar que a natureza está cheia de alimentos riquíssimos em corantes. O problema está numa dieta que preza pelas junk foods, em detrimentos de alimentos da terra.
O segredo de uma alimentação saudável, está no equilíbrio e na preferência por produtos naturais, na maior parte do tempo.
Isso significa que não devo comer alimentos que contenham corantes artificiais? Não, porém, evite o consumo rotineiro, deixe para alguns momentos de lazer!Continue acompanhando o blog da Clínica Nexa para ter acesso a conteúdos como este! Mantenha-se atualizado, também, pelas redes sociais – Facebook e Instagram.
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